A pequena comunidade de Urbino é sobrevivente da decadência do 1600/700, depois de uma época florescente entre os séculos XV e XVI “ quando para os judeus esta cidade representava uma segunda Jerusalém, em Itália, depois de Ferrara “.Quando foi constituído o ghetto , em 1633, os judeus de Urbino eram 369 e as famílias 64 (Ebrei a Urbino, M.L.Moscati Benigni), e em 1718 as condições miseráveis de vida tinham reduzido a população do gueto a somente 200 pessoas, a maioria das quais mulheres idosas e crianças incapazes de se sustentar.
Conforme documento do Arquivo Comune de Urbino no censo de 1853, os judeus eram 147, distribuídos em 31 famílias e 22 casas.
Depois da Unidade da Itália (1861) e a relativa emancipação, muito forte era a ligação dos judeus com a cidade em que alguns deles tinham conseguido uma condição social e econômica importante, participando, também nas atividades politico-administrativas.
R.Bachi (no seu livro: La demografia degli ebrei italiani negli ultimi cento anni) aponta uma diminuição do número de judeus que eram 161 em 1869, 38 em 1931, e que foram reduzir-se a poucas famílias, objeto do censo nazista, em 1938. Esta diminuição é devida a migrações internas em direção ao centro-norte da Itália para procurar melhores possibilidades econômico-comerciais, profissionais e de aprendizagem .
Em 16 de agosto de 1938, o prefeito de Pesaro-Urbino ,Introna, enviou ao podestá Paci em Urbino, uma carta confidencial em que requeria uma lista dos judeus residentes na cidade.
A lista completa dos censeados por chefes de familia, dos quais são especificadas as profissões, é a que segue:-
ASTROLOGO Ricca Prenda domestica
BEMPORAD Momolo c.f. Artesão
COEN Angelo c.f. Dono de terra
COEN Eugenio c.f. Dono de terra
COEN Renato Advogado
MOSCATI Alessandro c.f. Guarda da sinagoga
MOSCATI Angelo c.f. Dono de terra
MOSCATI Arturo c.f. Dono de terra
PERUGIA Eva c.f. Dona de terra
Com um total de 29 pessoas
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